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Opções inteligentes de lazer podem ajudá-lo a reduzir o estresse, fortalecer o sistema imunológico e aumentar a autoestima!

Pela manhã, eles mal acordam e já estão no celular, resolvendo problemas do escritório. Na hora do almoço, não se alimentam direito, de tão preocupados que estão com a reunião das 16 h. À noite, quando chegam em casa, em vez de se refestelarem na cama para uma revigorante noite de sono, varam a madrugada na frente do computador.

Esforçados, detalhistas e exigentes, os workaholics – termo inglês que designa pessoas viciadas em trabalho – não sabem a hora de parar. E, nas raras vezes que conseguem, só pensam em metas, prazos e custos. “Pouquíssimas pessoas sabem viver. A grande maioria apenas sobrevive”, afirma o preparador físico Nuno Cobra.

Abaixo o controle remoto

Acredite: há coisas mais interessantes a fazer do que simplesmente sentar na poltrona, pegar o controle remoto e zapear a televisão.

“O ideal é que as pessoas dediquem de 40 a 60 minutos do dia à prática de alguma atividade de lazer”, analisa o cardiologista Marco Antônio de Mattos. “É importante escolher alternativas que reduzam o nível de estresse, já que esse é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas”, alerta.

Repor energia

Algumas atividades são tão simples e corriqueiras, como ler um bom livro, dar uma gostosa gargalhada ou cantarolar a sua música favorita, que podem ser feitas em casa, ao acordar, ou antes de dormir. Outras, porém, como aprender a dançar, praticar uma luta e fazer um trabalho voluntário, exigem um pouco mais de planejamento e disciplina.

“Muitas pessoas alegam falta de tempo para praticar uma atividade. Mas, se o dia tivesse 36 horas, elas continuariam a reclamar do mesmo problema. O que elas não sabem é que repor energia é tão importante quanto gastar”, alerta a psicóloga Ana Maria Rossi.

Relaxar sobre duas rodas

Se existe uma maneira mais saudável e prazerosa de aproveitar o tempo livre, o empresário Alberto Borges de Almeida, 52, não conhece. Ele gosta tanto de pedalar que transformou o hobbie em profissão. Empresário do ramo, Alberto promove passeios ciclísticos pelo menos duas vezes por semana. “Além de vender bicicletas, incentivo a prática do ciclismo. Há clientes que compram, usam uma única uma vez e, depois, a transformam em cabide de roupas”, lamenta Alberto, que pedala 24 horas por semana. O que não faltam são motivos para quem deseja começar a pedalar ainda hoje. Além de ser considerada o meio de transporte mais “ecologicamente correto” que existe, a bicicleta também tonifica os músculos, melhora a respiração, previne doenças e gasta calorias.

Ao ar livre, uma hora de exercícios consome em torno de 350 calorias. No spinning, o gasto calórico pode chegar a 600. “Além de oferecer as mesmas vantagens que a corrida, andar de bicicleta não sobrecarrega as articulações porque não gera impacto”, salienta o professor de Educação Física Carlos Ruhl.

Cantar ou tocar um instrumento

Pode até não espantar os males, mas o canto ajuda a proporcionar bem-estar. É o que garante médicos das mais diferentes especialidades, que utilizam a música como recurso terapêutico no tratamento de doenças como hipertensão, ansiedade e câncer. “A musicoterapia é um excelente complemento a terapia convencional. A proposta é fortalecer emocionalmente o paciente para que ele aprenda a lidar melhor com os sintomas da doença”, avalia a psicóloga e musicoterapeuta Cristiane Ferraz Prade.

Estudos recentes garantem que a música potencializa a reabilitação de pacientes com quadros de doenças degenerativas do cérebro e melhora a coordenação motora de deficientes físicos. Durante sete anos, o psiquiatra Daniel Chutorianscy coordenou o projeto Conto com você – magia e encantamento no Hospital Infantil Getúlio Vargas Filho, em Niterói (RJ). Segundo ele, a iniciativa proporcionou uma redução de 30% no tempo médio de internação dos pacientes. “Música é um grande aliado terapêutico porque estimula imunologicamente o indivíduo”, garante o psiquiatra.

Ser voluntário

Fazer o bem ao próximo, quem diria, é benéfico à saúde. Não só de quem recebe, mas, principalmente, de quem pratica a boa ação. Quem garante é o neurocientista Jorge Moll Neto. A prática da boa ação, garante o especialista, alivia tensões, reduz o estresse, fortalece o sistema imunológico e aumenta a expectativa de vida dos voluntários.

Segundo Neto, praticar uma boa ação ativa uma área do cérebro chamada mesolímbica – a mesma que é acionada quando comemos chocolate ou ganhamos dinheiro. “Esse estudo comprova que, quando nos engajamos em um trabalho voluntário, experimentamos uma sensação de prazer e bem-estar, não somente enquanto realizamos tal tarefa, mas na vida como um todo.

Por André Bernardo

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